terça-feira, 26 de setembro de 2017

Esquerda x Direita: novas pautas, velhos preconceitos



Ao acompanhar duas manifestações políticas opostas neste domingo, marcadas para o mesmo local e o mesmo horário, separadas apenas pelas duas pistas da Avenida Paulista, o #ProgramaDiferente joga luz sobre o que se convencionou chamar de Fla x Flu nas ruas e nas redes sociais, grupos com propostas extremadas à direita e à esquerda que se opõem quase sempre sem nenhum bom senso ou tolerância. É um tema preocupante e emergente, que exige um debate aprofundado. Assista.

De um lado da avenida, um ato intitulado #AmarSemTemer reuniu artistas e manifestantes de esquerda contra o presidente Michel Temer e pautas conservadores e retrógradas como a "cura gay", a homofobia e o recente boicote à exposição de arte contemporânea "Queermuseu", promovida e posteriormente interrompida pelo Santander no Rio Grande do Sul. Do outro lado, o lançamento do livro "Quem é esse moleque para estar na Folha?", de Kim Kataguiri, jovem líder do MBL (Movimento Brasil Livre), que se propõe a ser justamente a nova direita no Brasil.

A reportagem ajuda a entender o que é o Movimento Brasil Livre ao entrevistar com exclusividade Kim Kataguiri, que já anunciou que será candidato a deputado federal em 2018 e declara apoio à candidatura de João Doria à Presidência da República (assista aqui matéria em que o prefeito fala abertamente sobre a intenção de ser candidato), e o vereador paulistano Fernando Holiday, eleito aos 20 anos pelo DEM com apoio do MBL.

Como contraponto a essa nova direita de tendência liberal que tem atraído os jovens nas redes sociais, você assiste ao discurso de ódio e radicalismo de dois dos expoentes mais reacionários e antidemocráticos da política nacional: o deputado e presidenciável Jair Bolsonaro e o pastor evangélico Silas Malafaia.

Veja também uma explicação primorosa do médico Drauzio Varella sobre homossexualidade, as opiniões do MBL sobre a "cura gay" e o boicote à exposição do Santander, a defesa do deputado federal e presidente do PPS, Roberto Freire, à liberdade de expressão e de manifestação, e uma apresentação na Avenida Paulista do polêmico cantor Johnny Hooker, manifestante declarado dos direitos LGBT.