quinta-feira, 21 de abril de 2016

A narrativa do "golpe" parece piada de português

A presidente Dilma Rousseff, o pouco que restou da sua base fisio-ideológica, os movimentos sociais cooPTados e uns grupelhos de milicianos do tipo Midia Ninja e Jornalistas Livres (que produzem e divulgam peças como a arte ao lado, cobrando ética quando eles próprios não tem nenhuma!) quer o apoio da mídia internacional contra o que chamam de "mídia golpista" brasileira (qualquer jornalista, excetuando-se os blogueiros sujos e militantes petistas).

O problema é que a narrativa do "golpe" carece de coerência. É completamente inverossímil! Afinal, como explicar e convencer o mundo que a maior vítima do suposto golpe, a presidente Dilma, sai do país e deixa em seu lugar o próprio "golpista"???

Quer dizer, Dilma viaja espontaneamente, deixa a presidência com o vice Michel Temer, denuncia o "golpe", volta e reassume o cargo. Como compararam nas redes sociais, seria o mesmo se (exemplo para até petista entender) Fidel Castro tivesse tomado o poder em Cuba, viajado para a Rússia para comunicar a vitória da revolução cubana e deixado Fulgêncio Batista em seu lugar.

Não te parece absurdo demais esse raciocínio? O suposto líder golpista assume democraticamente a presidência na ausência da titular, que viaja exatamente para denunciar o "golpe", devolve o cargo para Dilma no seu retorno mas, com apoio do Congresso, do Supremo Tribunal Federal, da Procuradoria Geral da República e de 90% da população, seguindo a Constituição, pretende justamente dar um "golpe" para assumir a Presidência?

O PT perdeu a vergonha na cara e causa vergonha alheia cada vez maior (agora em nível global, quiçá universal). Tá feio. Quem orienta esses caras, meu Deus?

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