sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Cabe ainda "virada de mesa" para a Mesa da Câmara?

Mais uma semana de baixa produtividade encerrada na Câmara de São Paulo, apesar da convocação de diversas sessões extraordinárias: por falta de quórum, não foram votados os projetos em pauta nem concluída a discussão do Orçamento de 2015 - que terá algumas mudanças positivas em comparação à peça original enviada pelo prefeito Fernando Haddad, pelo menos na questão das verbas destinadas às subprefeituras. Leia: Desvendando o Orçamento de São Paulo para 2015.

A Câmara Municipal vive dias de negociação intensa para a eleição da Mesa Diretora, marcada para o dia 15 de dezembro. O PT decidiu lançar o nome do vereador Antonio Donato para a presidência, superando outros dois aspirantes ao cargo: o líder do governo Arselino Tatto e o presidente do seu diretório municipal, Paulo Fiorilo.

A tendência é que a maioria dos partidos - incluindo o oposicionista PSDB - endosse a indicação do petista Donato, exonerado do secretariado de Haddad há um ano, após denúncia de corrupção, para o lugar do atual presidente José Américo (PT)

Em troca, seria mantido um tucano (fala-se em Gilson Barreto ou Aurelio Nomura) na secretaria-geral da Casa. O PSD também briga pela vaga, mas pode se contentar com a 1ª vice-presidência (a mais cotada é a vereadora Edir Sales).

O restante das vagas da Mesa Diretora (2ª vice-presidência, 1ª secretaria, duas suplências) e a Corregedoria seriam ocupadas proporcionalmente, em ordem de tamanho, pelos demais partidos (PTB, PMDB e PV, com quatro cadeiras cada um, e o bloco DEM/PR, com cinco).

Veteranos da Câmara, como Antonio Carlos Rodrigues (PR), Roberto Tripoli (PV) e Nelo Rodolfo (PMDB) - todos vereadores que já foram presidentes, assim como o petista Arselino Tatto, podem ainda interferir nos destinos da eleição interna. Existe a suspeita de que o nome de Donato ainda corre o risco de ser "fritado" durante a semana. Vai saber...

Há outros vereadores influentes, como Milton Leite (DEM), Aurélio Miguel (PR), Dalton Silvano (PV), Paulo Frange (PTB), Ricardo Nunes (PMDB) e Adilson Amadeu (PTB), que teriam condição, junto com a oposição, de articular uma candidatura alternativa à do próprio PT.

A história registra vários casos na Câmara de mudanças de última hora. Trocadilhos à parte, será que ainda cabe uma "virada de mesa" para a eleição da Mesa? Resta aguardar...

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