segunda-feira, 14 de julho de 2014

Danke schön, Alemanha! Que o Brasil aprenda a lição!

Terminou a festa. É hora de arrumar a casa. Fazer aquela faxina geral.

Assim como o futebol se modernizou (e parece que só o comando da seleção brasileira não sabia), esta Copa nos mostrou a necessidade de renovar também o nosso estoque de bom humor, com alguns ditados populares e frases comuns da política e do esporte. Por exemplo:

Quem não faz, toma.

Esse é o ensinamento básico do futebol. Serviu tanto para a Argentina na final da Copa, que perdeu três chances de gol e acabou derrotada para a Alemanha na prorrogação, como para Dilma Roussef, que prometeu fazer muita coisa além dos estádios, não fez e tomou: incontáveis vaias e xingamentos.

Tem uma versão alternativa para essa mesma frase, que vale igualmente para este governo corruPTo (quem não faz, toma... um por fora) e parece ter inspirado também o pensamento abaixo.


Rouba mas faz.
Só que o governo Dilma mostrou-se incomPTente até para reproduzir o "rouba mas faz" do aliado Maluf. Superfaturou estádios mas não faturou a Copa. Rouba mas não faz.


Futebol é a pátria de chuteiras.
Olha, se é mesmo verdade que já foi um dia, essa atual variedade de marcas e modelos coloridos, com estilos diferentes e até pares que não combinam, deve ter confundido o time e o país. O futebol brasileiro sumiu!

O negócio é tocar a bola pra frente...
Isso antes da contusão do Neymar, é claro. Porque, depois, não adiantava nada: a defesa dava chutão pra frente e o Fred não chegava na bola. Ou vice-versa.

Deus é brasileiro.
Se você quer acreditar nisso, tudo bem, mas saiba que os auxiliares diretos d´Ele na Terra não são. Para chegar à final, mais do que a fé do brasileiro anônimo deve ter pesado a origem alemã de Bento XVI e a argentina do Papa Francisco. Só por Deus...


Tem mais uma piada bem engraçadinha sobre um pedido de milagre chegado ao céu. Parou na mão do anjo encarregado do departamento. Ele estranhou e encaminhou ao superior: 

- São Pedro, estes pedidos de milagres vieram junto com aquele outro, da reeleição da Dilma no 1º turno, mas chegaram com aval dos papas Francisco e Bento. Cada um deles quer o título para a seleção do seu país. O que eu faço?

- Deus mandou: que vença o melhor, este belo país com os torcedores mais fiéis! Você sabe como Ele se encanta com o rubro-negro jogando sobre os braços abertos do Cristo. Então, o Brasil merece!

- Ok, vou providenciar - disse o anjo, dando aquela piscadinha típica de malandro carioca.

Depois do título da Alemanha, São Pedro chama o anjo às pressas, pedindo esclarecimentos. O encarregado pelo milagre não realizado, surpreso, ainda tenta se justificar:

- Eu não entendo nada de futebol. Fui pelas dicas: time rubro-negro, o melhor e com a maior torcida no Maracanã. Conferi ainda os nomes, para ter certeza: Joaquim, Manuel, Mario, André, Lucas, Bastião... Chequei de novo para ver se não era o time do Cristiano Ronaldo, para não errar. Sabe como é, esses nomes portugueses confundem... Então, só podia ser o Brasil!

É, faz sentido. 

Terá sido essa a verdadeira história do tetra alemão e do sucesso da camisa rubro-negra de Joachim Löw, Manuel Neuer, Mario Götze, André Schurrle, Lukas Podolski e Bastian Schweinsteiger?

Enfim, a #CopadasCopas prometida por Dilma foi a #CopaDasPiadas.

Teve piadinhas e trocadilhos de todo tipo:

  • No time da Alemanha tinha tanto "crack", que até o goleiro era "Nóia".
  • Isso que é solidariedade com Neymar: se ele não joga, ninguém joga!
  • Antes do jogo contra a Alemanha, três notícias ruins para a seleção Brasileira: Neymar estava fora da Copa do Mundo, Thiago Silva estava suspenso e o Fred estava ótimo pra jogar.
Teve até paródia. Duas, pelo menos, ótimas!

Uma, da música do Skank:

"Fred na área não altera o placar. Fred na área não consegue cabecear. Fred na área sem fazer o gol. Quem foi que sonhou que Fred é jogador de futebol?"

Outra, do jingle do Itaú:

"Mostra tua força Brasil, perdeu por 7 gols de bobeira, e a torcida alemã inteira, tá rindo de você Brasil."

Mas a maior piada foi, sem dúvida, a tentativa ridícula e abusiva do governo do PT de associar política e futebol para ter ganhos eleitorais.

Pior foi levar a sério: Dilma, Lula e o PT passaram anos associados aos interesses da FIFA e da CBF. Agora, bastou o suposto "apagão" da seleção para eles tentarem sair de fininho. Virar a casaca. Mas não cola!

A verdade é que o Brasil petista sempre busca um eufemismo conveniente. Mensalão é Ação Penal 470. Vexame do 7x1 é "apagão". Disputa do 3º lugar foi a tentativa de um "sonho menor".

Deu nisso.


Sobre as vaias e xingamentos, vendo a presidente Dilma ao lado da chanceler alemã Angela Merkel na final da Copa, cabe um reconhecimento sincero.

Como governante e mulher, ela merece todo o nosso respeito. 

Ela é séria, honesta, espontânea, sensível. 

Ela é querida em seu país. 

É digna de aplausos do mundo inteiro. 

Sim, ela é Angela Merkel.

Voltando à nossa casa: Quando o ministro Aldo Rebelo fala em "intervenção estatal" no futebol, será que ele imagina um Programa Mais Jogadores, trazendo atletas de Cuba?

A mudança é inevitável, mas deveria começar pelo próprio Ministério dos Esportes, que o PCdoB e Aldo Rebelo garantem ser sua "expertise", mas a gente só enxerga mesmo é "esperteza".

Uma última piadinha: diz-se que os dirigentes do PT presos na Papuda tinham um plano infalível para o Brasil ficar com a Copa: era a Operação Jules Rimet, inspirada na taça do tri, que foi roubada e derretida no Rio de Janeiro.


Enfim, relaxa e Götze!

Merecido título para a seleção mais organizada, competente, unida e talentosa, de um país sério com futebol planejado. Tudo que não temos!

Valeu a aula. 

Obrigado, Alemanha. Danke schön!

Quando os verdadeiros craques da Copa, alemães campeões, colombianos revelações e outros nos superam em talento, simpatia e até no futebol-arte, é a hora de mudar tudo, dentro e fora de campo.

ADEUS é brasileiro.

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