sexta-feira, 11 de abril de 2014

Ricardo Young ao Senado, com Eduardo e Marina

O PPS pode dar uma contribuição decisiva para o rumo das eleições à Presidência da República e ao Governo do Estado se lançar Ricardo Young ao Senado Federal.

Além de alicerçar um palanque forte em São Paulo para as candidaturas de Eduardo Campos a presidente e Marina Silva vice ao reproduzir a aliança nacional entre PSB, Rede e PPS, colocará em pauta, definitivamente, a agenda da sustentabilidade.

Não temos licença prévia para falar em nome de ninguém, mas já é tradição do Blog do PPS, nestes oito anos de atividades, defender publicamente as teses que entendemos serem as mais benéficas para São Paulo e para o Brasil.

Foi assim, por exemplo, que participamos desde a origem do Movimento por uma Nova Política com Marina Silva; que apostamos no potencial de Eduardo e Marina e fomos decisivos nesta aliança; que criamos e aprovamos o conceito da #REDE23, antecipando em dois anos o anúncio da Rede Sustentabilidade; que buscamos Soninha Francine no PT para ser candidata à Prefeitura; que defendemos em primeira mão o lançamento do presidente nacional do PPS, Roberto Freire, como candidato por São Paulo; que filiamos e lançamos Ricardo Young a vereador, como fazemos agora para o Senado. E muito mais.

Hoje, parece que a tendência desta coligação entre PSB, Rede Sustentabilidade e PPS é ter uma candidatura própria ao Governo paulista: segundo afirma o próprio Eduardo Campos, o escolhido seria o deputado federal Marcio França, presidente estadual do Partido Socialista Brasileiro.

Ainda assim, há outros dois caminhos possíveis:

1) Ampliar, a partir de São Paulo, a aliança em torno de Eduardo Campos e Marina Silva com a integração do PV, que tem como pré-candidatos ao Governo o vereador Gilberto Natalini e à Presidência o médico e ambientalista Eduardo Jorge, mas que são aliados do PSB, do PPS e da Rede Sustentabilidade no #SãoPauloEmMovimento;

2) Apoiar a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) em uma frente das oposições ao PT, unindo no mesmo palanque os presidenciáveis Aécio Neves e Eduardo Campos, como vai ocorrer em Minas Gerais, Pernambuco e outros estados.

Os rumos da eleição em São Paulo

O apoio ao governador paulista é polêmico. Diz-se que Marina Silva não subiria no palanque do tucano. E a Rede Sustentabilidade, apesar de não ter sido oficializada como partido, tem peso igual nas decisões da aliança. Mas não há consenso entre os chamados "marineiros" sobre as eleições em São Paulo.

Existem, dentro da Rede, defensores de candidaturas distintas ao Governo do Estado. Já foram cogitados, além de Márcio França (o escolhido de Eduardo Campos), os nomes de Walter Feldman, Luiza Erundina, Pedro Dallari e João Paulo Capobianco (todos filiados ao PSB), de Ricardo Young (PPS), de Gilberto Natalini (PV) e de Vladimir Safatle (PSOL). Há até mesmo os que defendem que a Rede não apóie ninguém.

Enquanto a Rede segue indefinida, a posição majoritária dentro do PSB e do PPS - que participam do Governo Alckmin, assim como o PV - sempre foi apoiar a reeleição do governador, desde que estivesse garantido o espaço para a candidatura presidencial de Eduardo Campos e as diretrizes programáticas da aliança com Marina Silva fossem abraçadas pelo PSDB em São Paulo. Haveria, assim, mais tempo de propaganda e maior estrutura para as campanhas majoritárias e proporcionais.

Dentre todas as opções, o pior dos caminhos certamente seria a divisão, em São Paulo, dos partidos que estão unidos nacionalmente na aliança de Eduardo Campos e Marina Silva. Daria uma demonstração desnecessária e improcedente de fragilidade num momento crucial para o crescimento da campanha.

Porém, essa cisão local pode até ocorrer se houver a radicalização das posições. Se a Rede insistir na tese da candidatura própria ao mesmo tempo em que tenta vetar o nome de Marcio França (pelo seu suposto alinhamento com o governo Alckmin), isso pode levar ao isolamento do candidato do PSB. Seria suicídio político.

Também não faria o menor sentido, num cenário que deve ter Alexandre Padilha (PT), Paulo Skaf (PMDB), Gilberto Kassab (PSD), Major Olímpio (PDT) e Laercio Benko (PHS) - todos candidatos de partidos da base de Dilma Roussef e coadunados para derrotar o governador Geraldo Alckmin (PSDB) - congestionar e enfraquecer o campo alternativo à polarização PT x PSDB por meio de candidaturas isoladas de Marcio França, Gilberto Natalini e Vladimir Safatle, que sozinhos tem chances quase nulas de chegar ao segundo turno.

Ou trabalhamos para a ampliação e o fortalecimento deste campo de oposição ao governo federal, encontrando o que nos une e estabelecendo como prioridade inaugurar um período "pós-PT" no Brasil, ou vamos simplesmente colaborar para a derrota do último pólo de resistência (o Governo de São Paulo) ao modus operandi petista no poder, que prova dia-a-dia ser uma tragédia para o país.

O papel do PPS na aliança nacional

Nesse contexto, a virtual candidatura de Ricardo Young ao Senado pelo PPS pode dar a liga necessária a essa construção política e eleitoral que iniciamos, ao consolidar a aliança com o PSB e a Rede e possibilitar a ampliação do leque de partidos, entidades, movimentos e forças vivas da sociedade que se reúnem para apoiar o programa apresentado pela aliança de Eduardo Campos e Marina Silva.

Seja com uma candidatura própria do PSB/Rede ao Governo do Estado, com a possível adesão do PV à aliança nacional (e o nosso respectivo apoio local), ou ainda numa eventual frente das oposições ao PT que abra um palanque duplo para Eduardo e Aécio na campanha à reeleição de Alckmin, uma candidatura majoritária ao Senado garantiria visibilidade e potencial aglutinador à nossa aliança.

Em 2010, Ricardo Young foi candidato ao Senado pelo PV. Teve mais de 4 milhões de votos numa eleição extremamente polarizada que elegeu Aloysio Nunes (PSDB) e Marta Suplicy (PT). Neste ano, a vaga em disputa é a do senador Eduardo Suplicy (PT).

Com toda a simpatia que possa ter e o respeito que Suplicy merece, há o desgaste natural de quem ocupa a mesma função há 24 anos e vai para a sua quarta eleição consecutiva, almejando ficar 32 anos ininterruptos no Senado. Se não bastasse tanto tempo no cargo, precisamos de um senador que trabalhe efetivamente por São Paulo, não pelos interesses do partido do governo.

Ultimamente, Suplicy vem se destacando mais como personalidade folclórica e por ter se envolvido em polêmica com ministros do Supremo pela defesa intransigente que faz dos mensaleiros do seu partido, do que propriamente pela atuação como senador por São Paulo.

Mas não é isso que esperamos do representante do nosso Estado, que tem entre as suas responsabilidades zelar pelos direitos constitucionais do povo, processar e julgar a presidente da República (será que faltam motivos?), aprovar a nomeação de autoridades federais (nenhuma crítica à quantidade absurda de ministros ou à incompetência dos nossos gestores?) e tratar de questões como o montante da dívida de estados e municípios (o que torna a cidade insolvente, segundo o prefeito Haddad), entre outras funções.

A sugestão do nome de Ricardo Young

Na Câmara Municipal de São Paulo, Ricardo Young tem desempenhado um mandato qualificado e diferenciado (acompanhe aqui). Como vereador - e no Senado teria um papel amplificado - ele atende as reivindicações da sociedade por um novo parâmetro ético na política.

A atuação neste seu primeiro cargo eletivo qualifica o debate e dignifica a nossa representação no Legislativo, demonstrando pelo exemplo positivo que é possível lutar por uma nova cidade e um país melhor e mais decente. Esse é o clamor de todos aqueles que amam São Paulo e desejam resgatar os sonhos e a esperança de uma sociedade mais justa e humana.

Um passo firme a partir de São Paulo para a construção de cidades mais modernas e sustentáveis. Uma iniciativa que nos faça despertar para a necessidade vital de uma verdadeira transformação. O que desejamos é ajudar a conscientizar e mobilizar o eleitorado paulista para a criação e a manutenção de um ambiente social saudável, com planejamento, organização comunitária, responsabilidade eleitoral e a diminuição das desigualdades.

Entendemos que o nosso papel deve ser justamente o de chamar as lideranças sociais e políticas, além da população dispersa nas redes e nas ruas, para o debate programático e para a construção de uma cidade e de um Estado mais humano, justo e solidário. Com políticas públicas e parcerias sociais que possibilitem mais rapidamente a inserção dos excluídos, a radicalização da democracia, a plena transparência dos poderes e a construção mais sólida e eficaz das bases da cidadania.

Está lançada a proposta, com todas as justificativas, nome e sobrenome. Ao debate, cidadãos de São Paulo.