quarta-feira, 23 de outubro de 2013

"Política em rede" x "Pesca de arrastão"

O PT se moveu no Planalto e na planície, no subterrâneo da política e nos meandros do Judiciário, para inviabilizar a #Rede de Marina Silva, o único dos novos partidos que surgiria com alguma novidade ideológica, ainda que apresente contradições e tenha se emaranhado com os entraves burocráticos legais.

Por outro lado, o PT repete o apoio desavergonhado que já tinha dado ao inodoro, insípido e incolor PSD, agora ao tal do PROS (sigla do quê, mesmo?), invenção de um aventureiro anônimo de Goiás que seguiu a receita kassabista de oferecer um partido pré-fabricado como arca-de-noé governista. Uma fórmula mágica que produz em série legendas autodeclaradas "nem de esquerda, nem de direita, nem de centro"... (oi?) 

Ou seja, o PT de Dilma, Lula, mensaleiros e tutti quanti é contra a nova política em #rede, mas não se constrange em patrocinar a pesca de arrastão, predatória, da velha política.

A expectativa é de que o recém-criado PROS vá se transformar nesta semana numa das maiores bancadas da Câmara Municipal de São Paulo, estratégia pilotada pelo PT para anabolizar a base de sustentação do prefeito Fernando Haddad, que já possui maioria absoluta no Legislativo, e com isso tentar sufocar completamente a oposição.

Resta confirmar até quinta-feira, dia 24 - data em que se fecha a chamada "janela da infidelidade", que permite que políticos migrem para novos partidos sem o risco de perderem o mandato -, qual o placar do jogo entre o time dos políticos ideológicos contra os fisiológicos de plantão.