sábado, 5 de outubro de 2013

Sustentabilidade em festa, velha política em luto

No emblemático aniversário de 25 anos da Constituição de 1988, renasce a esperança por um Brasil melhor, mais justo e sustentável com a possibilidade do anúncio da candidatura presidencial de Marina Silva pela #Rede em parceria com o PPS e o PSB.

Transformamos o luto em luta, 48 horas após o último post ("Velha política em festa, democracia em luto"), reagindo àqueles que já festejavam o provável afastamento do nome de Marina da sucessão de 2014 - e preparam outros ataques à oposição, como de praxe.

Mas devem prevalecer os princípios democráticos e republicanos de quem sonha e vive por uma Nova Política.

Não é novidade a proximidade do PPS com Marina Silva e com a #Rede. Se não bastasse a admiração recíproca, estivemos presentes em todos os momentos desta trajetória recente, da saída do PT à eleição de 2010, quando quase 20 milhões de brasileiros optaram por uma via alternativa à desgastada e simbiótica polarização PT x PSDB. Participamos do lançamento do Movimento por Uma Nova Política e, em completa sintonia, chegamos a antecipar a ideia que daria origem à Rede Sustentabilidade, com o conceito da #REDE23.

Em 2011, quando Marina discutia a saída do PV, publicamos uma "carta aberta aos marineiros", que culminou com a filiação de lideranças da sustentabilidade e da Nova Política, como o empresário Ricardo Young, que havia disputado o Senado pelo PV em 2010, ao lado de Marina, e foi eleito vereador de São Paulo pelo PPS em 2012. Trata-se de um exemplo concreto e bem sucedido da relação entre a #Rede e o PPS.

Como relatou o próprio Ricardo Young, na noite desta sexta-feira, 4 de outubro:
Estou embarcando agora para Brasília, onde devo colaborar com o grupo que está discutindo sobre o futuro político de Marina Silva, após o Tribunal Superior Eleitoral ter rejeitado ontem o registro da Rede. Vale esclarecer: o que perdemos no TSE foi apenas a possibilidade de lançar candidatos em 2014. A Rede é um fato inexorável e vai prosseguir.

Já Marina terá que tomar uma importante decisão até amanhã. Ela carrega a responsabilidade de representar o anseio de milhões de brasileiros pela sustentabilidade e por uma nova forma de se fazer política. Sem ela, cai a qualidade do debate, cai a quantidade de opções, cai as chances de termos dois turnos e, assim, a possibilidade de uma eleição “democraticamente democrática”.

Se o que pedimos na criação da Rede foi a “democratização da democracia”, é esse princípio que deve nos guiar agora. Por isso, torço para que Marina coloque seu nome à disposição para a Presidência da República. Na eleição de 2010, com mais de 20 milhões de votos, ela foi responsável pela viabilização do segundo turno, que deu mais tempo e condições para a escolha do próximo presidente do país.

Agora é o momento de colocar em prática uma tese que já está sendo testada aqui no meu mandato de vereador: a candidatura avulsa. Depois de ter uma votação expressiva como candidato ao Senado, desejava atuar na vida pública em São Paulo, mas a formação de um novo partido ainda estava prematura em 2011. O convite do PPS, que busca a sua renovação, veio em completa sintonia com os valores que já explorávamos no Movimento pela Nova Política: uma atuação independente.

Vocês que acompanham meu mandato sabem que atuo de forma independente e suprapartidária, votando projetos conforme sua relevância (e não conforme a autoria) e conversando com a base do governo e com a oposição, especialmente através da Frente Parlamentar pela Sustentabilidade.

Participo do PPS também pelo diretório nacional e procuro atuar como propulsor da sustentabilidade. Desde a minha filiação, estabeleci que, como um dos fundadores da Rede, migraria para o novo partido assim que ele fosse registrado - um acordo que nunca gerou constrangimentos. Graças a essa experiência, tenho segurança para apoiar a filiação de Marina neste partido como candidata avulsa.

O termo “avulso” gerou polêmica na imprensa quando foi incorporada ao estatuto da Rede - mesmo documento que prevê a extinção do “partido”. É porque, na verdade, o movimento carrega o DNA de um “anti-partido”. E entrará no sistema eleitoral como o vírus programático que propõe o novo e o ético - assim, não é de se estranhar que se apresentaram tantas dificuldades para nosso registro!

Até lá, Marina terá a oportunidade de mostrar que está a serviço de um desafio muito maior que os partidos: a sustentabilidade. Em tempo de mudanças climáticas e tragédias assinadas pelo próprio governo federal - como o Código Florestal e Belo Monte, estamos todos carentes de uma visão estratégica que contemple nossas necessidades econômicas, sociais e ambientais. 
 
O prazo pode ser eleitoral, mas é a sustentabilidade que não pode esperar.
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