quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Folha de S. Paulo x PPS: opinião, réplica e tréplica

Sempre em nome da transparência, para avaliação de todos, vamos expor aqui - sem nenhum comentário além do próprio diálogo travado entre a Secretaria de Comunicação do PPS e a Redação da Folha de S. Paulo - a troca de e-mails ocorrida após a divulgação da última pesquisa Datafolha à Prefeitura de São Paulo, que foi assim tratada pelo jornal: Lula aumenta força em SP, e Serra tem maior rejeição, diz Datafolha

A posição inicial do PPS/SP:

Estranhamos o fato de não haver nenhuma citação à pré-candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, terceira colocada em todos os cenários apresentados, com 10% das intenções de voto.

O nome de Soninha aparece apenas no gráfico impresso com o resultado integral da pesquisa, como não poderia deixar de ser, mas é omitido no texto da reportagem.

Resultado prático desta omissão: quem lê a matéria na internet, por exemplo, onde não estão disponíveis os gráficos, nem sequer é informado que o PPS tem candidatura própria, menos ainda que ela é a terceira força eleitoral da cidade de São Paulo.


Creio que se trata de uma omissão injustificável, até porque são mencionados candidatos com menor índice que Soninha.

Solicitamos providência para reparar esse tratamento desigual e prejudicial ao PPS.


A resposta da ombudsman da Folha, Suzana Singer:

Segue resposta da Redação (assinada por Bernardo Mello Franco).

"A avaliação do Mauro Paulino (diretor-geral do Datafolha) é a seguinte: esses cenários ainda não são muito relevantes porque apenas refletem o recall de pré-candidatos que disputaram eleições passadas.

Por isso focamos a matéria nos dados novos, que são a influência do Lula e a rejeição do Serra.


A citação à Marta é necessária porque ela liderava a primeira pesquisa, divulgada em setembro.

E as citações a Afif e aos tucanos situam o leitor na disputa pela candidatura que será apoiada pelo governador e pelo prefeito.

Por razão de espaço, citamos apenas na arte os candidatos "avulsos" que estão num pelotão intermediário. É o caso de Soninha Francine, Paulinho da Força e Gabriel Chalita.


Celso Russomanno e Netinho de Paula, que estão em empate técnico na liderança, foram mencionados."

A tréplica da Secretaria de Comunicação do PPS/SP:

Agradeço pela atenção, mas obviamente discordo da avaliação.

Uma candidata que tem 10% dos votos e se consolida como terceira força em todos os cenários não pode ser tratada como "avulsa" ou um nome solto apenas na arte.

Tudo bem que é um retrato momentâneo e mutável, mas a candidata do PPS tem mais votos, hoje, que o nome do PT e o do PSDB somados.

Para agravar a situação: Soninha lidera entre os eleitores com nível superior e está embolada em primeiro (com outros três nomes) no cenário do eleitor com renda superior a 10 salários. Isso não é notícia?

Portanto, fica registrado aqui o meu protesto, como jornalista, cidadão, leitor e eleitor.


Leia também:

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Blog da Soninha: Ah, tá, entendi [NOT]