sábado, 15 de outubro de 2011

Pacto com os "marineiros" por cidades sustentáveis

Quase ninguém acreditou, nem levou muito a sério, quando o Blog do PPS começou o assédio explícito aos "marineiros", antes ainda da confirmação da saída da ex-senadora Marina Silva e do seu grupo do PV. Achavam que fosse só mais um factóide da política. Erraram!

O pacto é pra valer! Atenderam ao chamado para disputar as eleições de 2012 pelo PPS figuras emblemáticas do Movimento pela Nova Política: Ricardo Young em São Paulo, José Fernando Aparecido de Oliveira em Minas Gerais e Paulo Sombra no Ceará, por exemplo.

Outros "marineiros" no Brasil inteiro, pré-candidatos a vereador, também embarcaram no PPS. Começa, assim, uma construção política que gera uma extraordinária expectativa para o futuro do país.

O sucesso desta parceria em 2012 dará o tom para 2014: inovando mais uma vez, em nome da transparência total desta "nova política" que defendemos e praticamos, o PPS assume que pretende construir uma alternativa para a sucessão presidencial, equidistante de PT e PSDB, e provavelmente liderada por Marina Silva.

É nessa direção que caminhamos com passos firmes.

O que nos une nas eleições de 2012 é a Plataforma das Cidades Sustentáveis. O PPS terá candidaturas comprometidas com o meio ambiente e a sustentabilidade.

Não por acaso, o PPS paulistano realizou em parceria com a Rede Nossa São Paulo uma série de encontros sob o lema "Um Sinal Verde para São Paulo", que culminará com o lançamento da candidatura de Soninha Francine à Prefeitura no próximo dia 22 de outubro, durante o Congresso do PPS, na Câmara Municipal.

PPS com Marina em 2014?

A partir da semente lançada pelo PPS de São Paulo, o presidente nacional do partido, deputado federal Roberto Freire, também já admite publicamente que o "PPS está aberto à candidatura de Marina em 2014".

Veja alguns trechos da entrevista em que Roberto Freire sinaliza abertamente a posição do PPS sobre o apoio a Marina Silva na sucessão presidencial:

Poder Online – O PPS anda filiando muitos aliados da candidata do PV à Presidência da República em 2010, Marina Silva. Isso não é meio incomum?

Roberto Freire – Nós já temos a experiência do Partido Comunista Italiano, que abriu a legenda para candidaturas de não-militantes. Inclusive elegendo o prefeito de Roma.

Desde que a Marina Silva saiu do PV, seu grupo partiu para a criação de um movimento apartidário. Mas, para concorrer às próximas eleições eles precisam estar filiados a alguma legenda. Tivemos um bom convívio desde que o PPS e o PV estiveram juntos num mesmo bloco parlamentar na Câmara e temos várias posições em comum. Não há conflitos.

Então conversamos no sentido de abrir o PPS, que é um partido democrático, para que os marineiros possam se candidatar pela legenda, onde quiserem, no Brasil inteiro. Depois, tanto eles como nós decidiremos o que fazer. Podemos inclusive ficar definitivamente juntos.

Poder Online – Está dando certo?

Roberto Freire – Creio que sim. Em São Paulo, por exemplo, o apoio dos marineiros tende a fortalecer bastante nossa candidata à Prefeitura, a Soninha. E o Ricardo Young, que foi candidato ao Senado pelo PV, deve obter uma grande votação para vereador.

Poder Online – E quanto à candidatura presidencial da Marina Silva pelo PPS? Ela é hipótese do partido?

Roberto Freire – É uma decisão da Marina se ela quer ou não se filiar ao partido. Creio que antes ela vai trabalhar o movimento que criou ao sair do PV. Mas nós estamos de braços abertos à sua filiação. O apoio à candidatura de Marina Silva à Presidência já é admitido mesmo ela estando fora da legenda. É claro que com os marineiros aqui esse diálogo aumenta e, se houver a filiação, a hipótese se torna ainda mais forte.


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