sexta-feira, 2 de abril de 2010

Freire fala sobre pré-candidatura e ética na política

Com a participação do palestrante Roberto Freire, presidente nacional do PPS, a Página Corporativa, divisão do grupo Página Editora (empresa responsável pelo Jornal da Gente, publicação regional da zona oeste paulistana), deu início nesta semana à série de encontros “À Mesa com Empresários”.

Mais de cem pessoas participaram do evento cujo tema central foi “Ética na Política”. Freire compareceu acompanhado do presidente do PPS no Estado de São Paulo, deputado estadual David Zaia; da subprefeita Soninha Francine; e do presidente municipal do PPS, Carlos Fernandes, que nesta sexta-feira, 2 de abril, assume o cargo de subprefeito da Lapa após a saída de Soninha para se candidatar à eleições de outubro.

Pré-candidato a deputado federal em São Paulo, Roberto Freire já foi deputado e senador por Pernambuco, sendo considerado um defensor intransigente da postura ética no mundo da política.

Ao falar ao empresário e líderes comunitários, Freire foi bastante crítico ao analisar os escândalos que colocaram em xeque os compromissos éticos do petismo na era Lula. “Todos sabemos o que aconteceu no governo e quem foram as pessoas envolvidas no caso do ‘Mensalão de Brasília’. É triste e profundamente lamentável ver essa gente, cujo destino deveria ser o banco dos réus, de volta ao cenário político nacional”.

O presidente do PPS entende que a credibilidade arranhada do Congresso Nacional com sucessivos escândalos reforça a necessidade da elaboração de uma agenda que leve o Brasil a reformar seu sistema político e eleitoral . “Não dá mais para adiar essas reformas. Nosso sistema eleitoral ainda carrega entulhos do tempo da ditadura”, disse Freire.

Um desses descompassos, segundo ele, é o domicilio eleitoral. A legislação obriga que para se candidatar a cargo eletivo, o postulante a cargos no Legislativo ou no Executivo tenha pelo menos um ano de domicílio eleitoral (lugar de residência ou moradia do requerente) comprovado. Freire entende que tal imposição é uma tutela do Estado sobre a cidadania e os partidos.

Afastado do Congresso por vontade própria desde 2007 (não disputou a eleição de 2006), o ex-senador teve que se submeter à lei para concorrer, agora, a deputado federal transferindo seu título de eleitor de Recife para São Paulo.

“Não me proponho a governar São Paulo, pois não tenho ligações locais. Quero fazer política. E, para tanto, nada como partir de um Estado onde as coisas acontecem e estão no centro na vida nacional”.