segunda-feira, 6 de agosto de 2007

A lógica da pré-candidatura de Roberto Freire em SP

A idéia é quase utópica, apaixonante: lançar em 2008 a candidatura do presidente nacional do PPS, Roberto Freire, à Câmara Municipal de São Paulo.

Roberto Freire é um dos mais respeitados e influentes políticos brasileiros. Chegou a este patamar de reconhecimento por suas idéias, convicções e atitudes. O seu nome sempre esteve no rol dos homens públicos sérios, sem uma só denúncia ou suspeita sobre a sua atuação – e este é o seu maior patrimônio após 32 anos ininterruptos na política (um mandato como senador da República, cinco mandatos como deputado federal e um como estadual).

Conhecedor profundo dos problemas brasileiros e observador crítico e atualizado dos fatos mundiais contemporâneos, Roberto Freire é reputado por toda a mídia como um político sério, honesto e competente. Não foi à toa que o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) o escolheu por 14 anos, sucessivamente, como um dos 100 "cabeças" do Congresso Nacional.

São Paulo reivindica este novo parâmetro ético para qualificar o debate e dignificar a nossa representação política. Por isso, a candidatura de Roberto Freire a vereador de São Paulo deixa de ser apenas uma idéia intrapartidária, utópica e apaixonante, para se transformar em um clamor de todos aqueles que amam esta cidade e desejam resgatar os sonhos e a esperança de uma sociedade mais justa e humana.

É este patrimônio ético e moral, somado ao vultoso conteúdo ideológico, a uma história coerente e à comprovada eficiência no parlamento brasileiro, que move o PPS a lançar o nome de Roberto Freire à Câmara Municipal em 2008, para liderar a construção de uma nova São Paulo e de um país melhor e mais decente.

Um passo firme a partir de São Paulo, nossa cidade escondida sob um falso espetáculo de progresso e gigantismo, mas na verdade uma metrópole desgovernada, mal planejada, centro principal da fragilidade administrativa, social, econômica e da degradação urbana, moral e política.

Com rios mortos, poluição incontrolável, trânsito caótico, pedintes e desempregados por todos os pontos, favelas que proliferam diante da cegueira governamental, hospitais sucateados, escolas deterioradas, insegurança crônica. São Paulo é uma cidade em que mais de 10 milhões de pessoas se aglomeram em atividade frenética, fundamentalmente individualista e predatória.

Prefeitos se sucedem no poder, sob a promessa de construir uma sociedade mais moderna e mais humana, da qual os paulistanos possam com justo motivo se orgulhar. Pois não se deve duvidar do potencial e da inesgotável energia de nossa população, consagrada na imagem da "cidade que amanhece trabalhando".

Afinal, que outro centro urbano do país reúne tantas condições para consolidar a ponte para o futuro, se não a cidade que é a capital financeira nacional, que detém as maiores e melhores universidades, a excelência na medicina e no setor de pesquisa científica?

Apesar desse potencial, São Paulo segue marcada pela crise que praticamente sufoca qualquer esperança de dias melhores. Seria ilusório acreditar que este cenário catastrófico tenha sido causado simplesmente pela atual crise econômica, ou mesmo pela herança nefasta de gestões mafiosas.

A verdade é que São Paulo não encontrou ainda a sua identidade, porque não tem um projeto para si mesma. Diante da inoperância governamental e da apatia da sociedade, nossos defeitos chamam mais a atenção do que nossas qualidades.

Por sucessivas administrações, ficamos reféns de um bando de vereadores corruptos, despreparados e incompetentes. Assistimos impassíveis a ascensão ao poder do crime (des)organizado, que loteou a cidade e enlameou a política municipal.

São Paulo deve despertar para a necessidade vital de uma verdadeira transformação. O que desejamos, com o lançamento da candidatura de Roberto Freire ao Legislativo paulistano, é ajudar a conscientizar e mobilizar os paulistanos para a criação e a manutenção de um ambiente social saudável, com planejamento, organização comunitária, responsabilidade eleitoral e a diminuição de privilégios.

Entendemos que o nosso papel, a partir de agora, deva ser justamente o de chamar as lideranças sociais e políticas para o debate programático e para a construção de uma cidade mais humana, justa e solidária. Uma cidade com políticas públicas e parcerias sociais que possibilitem mais rapidamente a inserção dos excluídos, a radicalização da democracia, a plena transparência dos poderes e a construção mais sólida e eficaz das bases da cidadania.

Sobretudo com ética, moral, sensatez e com o desafio de construirmos uma cidade “nova” em seus 454 anos, que respeite a sua história e a sua vocação, fortaleça democraticamente as suas estruturas e apresente um programa viável para conquistarmos mais dignidade, igualdade e justiça social. Enfim, que nos dê motivos reais e legítimos para nos sentirmos em casa e construirmos um futuro melhor.